UNIDAS Informa

11 de outubro de 2019 - nº 1.331

UNIDAS terá grupo de trabalho com Ministério da Saúde e ANS

A UNIDAS (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde) terá grupo técnico de trabalho para viabilizar o debate e a solução de temas relacionados ao segmento.  A iniciativa foi decidida na última quinta-feira, 10 de outubro, durante reunião no Ministério da Saúde. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, esteve presente no encontro, que foi conduzido pelo seu chefe de gabinete, Alex Campos, acompanhado pelos presidente e vice-presidente da UNIDAS, Anderson Mendes e Cleudes Freitas, respectivamente, o consultor jurídico da entidade, Luiz Toro, e os representantes da ANS (Agencia Nacional de Saúde Suplementar), Luís Coronel e Ana Carolina Rios.

Na oportunidade, o presidente da UNIDAS citou o lançamento da Plataforma de Serviços Compartilhados, na qual será possível reunir processos, metodologias, mensuração de resultados através de indicadores comuns e tudo mais que possa ajudar as operadoras a otimizarem seu trabalho e se tornarem mais eficientes.

Dentro da plataforma, haverá o Serviço de Atendimento Primário à Saúde, que entre outras iniciativas, vai reunir operadoras para compartilhar serviços em uma única localidade. “Aqui pensamos em reunir várias autogestões num só serviço, e, por que não, também o SUS? Não somos concorrentes, o que queremos é dar acesso e investir em uma atenção integral à saúde”, ressaltou Mendes. Campos concordou que de fato o investimento em APS é essencial, inclusive, para a sustentabilidade do sistema de saúde como um todo.

Mendes aproveitou o encontro para pedir auxílio do Ministério em alguns quesitos importantes para as autogestões, entre eles, as recentes restrições de parcerias com hospitais públicos e hospitais universitários que reduziram o acesso a atendimento de beneficiários da saúde suplementar.

Outro ponto, esse levantado pelo vice-presidente, foi o impacto da resolução da CGPAR que recomenda o fechamento de autogestões com menos de 20 mil vidas, o que também é corroborado por posicionamento da ANS, no que se refere a planos de pequeno porte. Além dessas questões, a ANS tem ainda resoluções que impedem as autogestões com carreiras afins de unir os atendimentos aos seus beneficiários, sob o entendimento de que as operadoras não podem ampliar sua carteira de clientes. “É uma incongruência. Ficamos amarrados e isso inviabiliza a atuação. Quando o Banco Central percebeu o risco de fechamento de cooperativas de crédito, o que ele fez? Permitiu que elas se juntassem, o que salvou esse mercado. Temos que estar mais sensibilizados para essa questão”, ressaltou, com apoio dos demais integrantes da reunião.

O ministério se mostrou aberto às demandas e se comprometeu a apoiar e intermediar encontro entre autogestões, ANS e técnicos do ministério para tentar juntar forças e promover melhorias no sistema. A primeira reunião deve ocorrer ainda esse ano. “Nossa ideia não é de modo algum transformar as reuniões em ‘muro das lamentações’. Queremos colocar questões possíveis, práticas e com resultado imediato! E por isso, ficamos muito felizes com a disponibilidade de todos em fazer acontecer. Ganham os beneficiários da autogestão com atendimento de qualidade e acesso”, finaliza o presidente da UNIDAS.

UNIDAS - União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde