UNIDAS Informa

17 de outubro de 2013 - nº 626

UNIDAS participa de Fórum na Fiesp
  

Denise Eloi (UNIDAS), Florisval Meinão (APM), Ruy Baumer (Comsaude) e Reynaldo Mapelli Júnior (SES) discutem sobre judicialização e OPME. Foto: Ayrton Vignola/Fiesp
 

Nesta terça-feira (15), a presidente da UNIDAS, Denise Eloi, participou do Fórum de Judicialização na Saúde, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). No evento, que aconteceu na sede da Fiesp, na capital paulista, Denise abordou o cenário de comercialização de Órteses Próteses e Materiais Especiais (OPME) e reforçou a necessidade de realizar um chamamento geral, envolvendo as instâncias governamentais e os diversos segmentos da sociedade para uma discussão da cadeia produtiva destes insumos.
 
Além da presidente da UNIDAS, a mesa contou também com a presença de Ruy Baumer, do Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde (Comsaude/Fiesp); Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), e Reynaldo Mapelli Júnior, da Secretaria Estadual da Saúde.
 
Em sua palestra, Denise explicou como funcionam os planos de autogestão, destacando o grande diferencial do segmento, que organiza e gere seus planos com a participação dos trabalhadores, e traçou um cenário atual da saúde suplementar no Brasil, cujo número de beneficiários já corresponde a 25% da população brasileira. “A preocupação com os custos ascendentes acontece tanto no setor público quanto no privado. Temos que provocar discussões como estas para encontrar alternativas para viabilizar um modelo assistencial diferente”, explicou a presidente.
 
Segundo ela, a cadeia produtiva de OPME e custeio do sistema, público e privado, é um grande desafio. Denise apresentou dados que revelam diferenças importantes em relação ao preço de materiais. O gasto com eletrodo de ablação, por exemplo, variou entre R$ 450 e R$ 18 milhões.
 
Na apresentação, a presidente mostrou a necessidade de rever toda a cadeia de produção de OPME, já que, ainda que tudo corra sem distorções no processo, desde a fabricação até a aquisição, o valor final aumenta expressivamente, causando forte impacto no sistema. Para Denise, o governo tem se esforçado para encontrar irregularidades e propor mudanças à questão, mas é imprescindível incluir uma avaliação rígida de custo x efetividade para incorporar novas tecnologias.
 
Em relação à judicialização, a presidente da UNIDAS defende a minimização das liminares, que precisam ser aplicadas em casos que promovam qualidade à saúde e não decididas visando o lucro de detrimento à qualidade assistencial. “Precisamos resgatar a ideia de criar comitês estaduais e fortalecer os já existentes, que complementarão as ações das Câmaras Técnicas, dando apoio aos juízes nas suas decisões”, acrescentou.
 
Saúde para todos
Ao final, Denise agradeceu a oportunidade de participar da discussão e reforçou que ações como essas estimulam o setor a seguir procurando soluções. A presidente ressaltou que a UNIDAS tem um acento no Conselho Nacional de Saúde (CNS) em que a gente discute e luta por uma saúde pública de qualidade para todos. “Também temos uma preocupação com campanhas e ações que exigem mais recursos para a saúde e o aperfeiçoamento da gestão deles. Essas iniciativas mobilizam a sociedade em busca de soluções coletivas para prevenção de doenças e promoção de saúde”, finalizou.
 
Outras visões
Também participaram do debate Fernando Miranda, desembargador que representou o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo; Ana Raquel Orlando, coordenadora de apoio ao Comitê de Ação Social e Cidadania (CASC), representando a presidente do CASC; Costantino Salvatore Morello Junior, presidente da Comissão de Cooperativismo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e o juiz João Baptista Galhardo Junior, assessor da presidência do TJ-SP.
 
Confirma aqui a palestra completa da presidente Denise Eloi.
 

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